Bastante raro que un meteorito acabe en incendio
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20 de julho de 2009 | N° 16036 Alerta
Ao aplicar veneno na lavoura de milho de sua propriedade, na zona rural de Arvorezinha, no Vale do Taquari, o agricultor Danilo de Oliveira surpreendeu-se com o que encontrou pelo caminho, na quinta-feira.
Caída no terreno, uma pedra pequena e pesada chamou sua atenção porque nunca esteve ali. Geólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estiveram no local para realizar testes científicos e confirmaram: o fragmento se trata de um raro meteorito.
A rocha tem 50cm de comprimento, 40cm de largura e 24cm de altura e pesa 145 quilos, três vezes a mais que uma pedra normal. O meteorito é do tipo Siderito, considerado raro pelo fato de que apenas 5% dos fragmentos já registrados são dessa classe – esse pode ser o quarto localizado no Estado. Em todo o Brasil estão registrados 56 meteoritos, apenas 21 desse tipo. Mas não foi possível terminar a data da queda.
Segundo o geólogo Antônio Pedro Viero, do Instituto de Geociências da UFRGS, é provável que a rocha pertença ao núcleo de algum planeta. Antes de ser levado ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o meteorito vai passar por análises químicas no Canadá, cujo resultado vai ser publicado numa revista científica para registro oficial.
Esse não é o primeiro meteorito encontrado no Vale do Taquari. Em 1937, uma queda de uma pedra foi vista em Putinga, cidade a cerca de 20 quilômetros de Arvorezinha.
Geólogo crê na chance de região registrar outros casos
O meteorito, de mais de 200 quilos, provocou buracos profundos no solo e até hoje atrai curiosos ao município. Uma pequena parte da pedra – apenas 1,7 quilo – encontra-se exposta no museu local: é o único fragmento recuperado pela prefeitura até hoje.
– É provável que existam outros e, por isso, os moradores devem ficar atentos. Este é um registro científico muito interessante – diz o geólogo Ari Roisenberg, da UFRGS, que também esteve na cidade.
Um fato no mínimo curioso a termos populares e de grande importância para ciência, assim é a definição que se faz após as confirmações que ocorreram na tarde da quinta-feira, 16 de julho, dia que entrará para a história de Arvorezinha, pois foi oficializado que duas até então pedras, são de fato dois meteoritos.
A confirmação parte dos professores, Ari Roisemberg e Antônio Pedro Vieiro, Professores de Geociência da UFSM, Universidade Federal de Santa Maria, e também do Programa em Geociências da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul que estiveram em Arvorezinha para aferir em loco as pedras, porém, eles já haviam realizado testes em amostra de uma das pedras que fora remetida pela Administração Municipal, e mostra a qual que confirmou ser de fato um meteorito.
Os dois meteoritos são do tipo Siderito, considerados pelos especialistas como raros pois apenas 5% do total de meteoritos são dessa classe. Segundo os Professores Ari e Antonio, esses dois meteoritos pertencem ao centro de alguma estrela ou planeta que tenha explodido a muitos anos, porém, não é possível calcular com exatidão a quantos anos eles explodiram e muito menos de a quanto tempo estão junto ao solo da terra, mas o Professor Antônio, disse que não são muitos anos, pois esse tipo de pedra entra em decomposição com o passar do tempo, tendo na sua base enxofre, ferro entre outros, inclusive as pedras respondem as condições climáticas quando chove ou existe muita umidade no ar, as pedras escorrem um tipo de água e exalam um cheiro muito forte semelhante a uma pilha que tenha estourado, porém no relato da primeira pedra, consta a dificuldade de se extrair um pequeno pedaço dela.
Os dados técnicos das pedras são:
1ª Pedra, encontrada a cerca de um ano na propriedade Rural do Sr. Onir Gasparin Desengrini, que fica localizada na comunidade do Pinhal Queimado, Arvorezinha, pesa 131.4 quilos, tendo as seguintes medidas: 50cm de comprimento, 40cm de largura e
2ª Pedra, encontrada a cerca de 4 meses e que já passou por analises laboratoriais foi encontrada na propriedade Rural do Sr. Danilo Gozzi de Oliveira, que fica a menos de cinco quilômetros do centro da cidade, pesa aproximadamente 145 quilos, medindo
Valor: Segundo os pesquisadores da UFSM e da UFRGS os dois meteoritos não possuem valor comercial, porém, possuem um valor incalculável para a história do país e do município, pois até o momento existem apenas 56 registros de meteoritos em todo o território brasileiro, sendo 22 casos no RS, contando os dois achados de Arvorezinha.
Os professores da UFSM e da UFRGS disseram ainda que não é possível relacionar um meteorito a outro, mas inclusive eles ficaram intrigados com o fato das duas pedras serem muito semelhantes, tamanho, peso, e localização, pois se fosse traçado uma linha reta, o ponto de queda das duas pedras seria em torno de dois quilômetros.
A Administração Municipal estará nos próximos dias encaminhando junto aos órgãos competentes toda a documentação para que sigam os tramites necessários para os devidos registros, tanto a nível de estado, pois até o presente momento existe apenas 3 meteoritos dessa classe registrados no Rio Grande do Sul, sendo um na vizinha cidade de Putinga, que usa inclusive o slogam de terra do meteorito e fica distante cerca de
O site da Administração de Arvorezinha trás várias fotos com os meteoritos, locais que foram achados entre outras, o endereço eletrônico é www.arvorezinhars.com.br nos próximos dias o Google Earth terá as duas marcações via satélite nos pontos onde foram localizados os meteoritos. Segundo alguns moradores de Arvorezinha, existe a possibilidade de que outras pedras possam existir com isso a Administração Municipal está pedindo para que os Agricultores vasculhem suas propriedades Rurais no intuito de localizar esses materiais.